sábado, 1 de maio de 2010

Factory Girl


Existe uma barreira artificial entre as pessoas que querem ser diferentes e as que simplesmente despertam o sentimento de diferença nas outras, sem fazer muito esforço. Sem dúvida nenhuma, Andy Warhol continua sendo até hoje uma dessas que, inexplicavelmente, provocam um sentimento em todos que o conhecem. Ter contato visual com algo que Andy Warhol fez é suficiente para que não se passe indiferente.Os que gostam, conseguem enxergar nele uma magia de um gênio que recriou um conceito de enxergar um mundo à sua época. Os que não gostam,relutam em aceitar a arte tão óbvia, ou sem técnica aparente.
Seja para elogiar ou desmoralizar, é difícil ignorar Warhol.
Ao assistir ao filme, me convenci disto. Talvez o maior legado de Andy Warhol não seja o impacto ou a falta de criatividade na sua obra, ou qualquer outra coisa que faça com que as pessoas gostem ou odeiem alguma outra coisa. Chego a conclusão pessoal que Andy, foi uma destas pessoas que aproximam todas as outras através da linha tênue do livre-arbítrio. Se isto foi previsto por ele, devo então admitir sua genialidade. Seja qual foi a intenção dele, me parece que sua obra é apenas um instrumento para que as pessoas se questionem, e defendam seus pontos de vista com fundamento no princípio básico da liberdade, em que cada um deve escolher aquilo que acredita ser melhor para si mesmo.
No filme, Eddie Sedgwick ( Sienna Miller) parece ser o oráculo de Andy, e uma daquelas respostas que conseguem chegar antes de todas as perguntas. Afinal, o quê queria dizer Andy Warhol?
Talvez Andy mesmo não quisesse dizer nada. E é exatamente aí que está o grande segredo.

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